Projeto de Márcia Urbano une acolhimento e funcionalidade em um quarto infantil projetado para crianças autistas
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Inspirada pela vivência com seu filho, a professora Márcia Urbano, do curso de Arquitetura da Universidade de Brasília (UNB), idealizou o quarto infantil Mundo Azul para a CASACOR Brasília 2025. O ambiente foi desenvolvido em parceria com o diretor Caio Frederico e seis alunos autistas, trazendo para o espaço um olhar genuíno sobre as necessidades e experiências de quem vive o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo Márcia, a arquitetura pode ser um objeto mediador entre o mundo interno do autista e o mundo caótico externo, servindo como uma “capa protetora”. Essa ideia norteou cada decisão do projeto, que buscou unir funcionalidade, conforto e acolhimento em um espaço feito sob medida para as crianças.

Os desenhos infantis aparecem como ponto focal do quarto, reforçando a identidade lúdica e pessoal. O layout une elementos essenciais, como cama e área de estudos, a soluções que atendem às particularidades sensoriais e comportamentais.
Um exemplo é a mesinha de desenho cercada por um biombo, que cria uma sensação de proteção e delimita um local seguro para movimentos circulares, uma estereotipia comum no TEA. O MDF Lume, da Linha Colors, foi utilizado na mesinha, valorizando ainda mais os desenhos.

A escolha dos MDFs também seguiu o cuidado em alinhar cada detalhe à proposta do projeto. A cor azul, símbolo do autismo, também se faz presente em diferentes pontos do espaço, como na lousa em MDF Azul Petróleo, da Linha Colors, acrescentando estímulo visual e criatividade ao ambiente. Já o MDF Sonora, da Linha Madeiras do Mundo, foi aplicado na mobília, conferindo aconchego por meio de sua textura amadeirada.

Outros recursos de acolhimento completam a proposta, como a piscina de bolinhas, o cesto de ninho e o uso de elementos naturais, em especial a madeira, que contribui para um ambiente de tranquilidade.
O Mundo Azul é mais do que um quarto infantil, é um ambiente de cuidado, afeto e inclusão, que mostra como a arquitetura pode transformar o dia a dia de crianças em experiências de bem-estar e pertencimento.
