Quem já passou por uma obra sabe que por mais que tudo esteja planejado, imprevistos fazem parte do processo. O segredo está em como lidar com eles, e é justamente aí que Ingrid Zarza e Fernanda Bradaschia têm muito a compartilhar. Com anos de experiência em gerenciamento de obra, elas defendem que, mais do que habilidades técnicas, as competências comportamentais também contam muito.

A trajetória das duas é marcada por encontros e aprendizados práticos. Aos 21 anos, Ingrid já estava com a mão na massa, reformando o apartamento da mãe no Guarujá. O projeto agradou tanto que, ao se formar, já tinha clientes e o escritório encaminhado. Já Fernanda entrou nesse universo como estagiária da própria Ingrid. “No meu primeiro dia, já fui levada direto para a obra. Achei isso ótimo porque complementa tudo o que aprendemos na faculdade”, relembra.

Com o tempo, perceberam um padrão entre os colegas de profissão: muitos evitam o gerenciamento da obra por medo ou por acreditarem que “toda obra dá problema”. Foi aí que surgiu a ideia da mentoria Inovando na sua obra, como forma de incentivar outras profissionais a se sentirem confiantes para assumir o controle dos processos.

Comunicação: a chave de tudo

Segundo elas, uma das ferramentas mais poderosas para enfrentar os imprevistos é o alinhamento de expectativas desde o início do projeto. “A previsibilidade é algo muito importante, por isso, na primeira reunião com o cliente já explicamos tudo o que pode acontecer”, contam.

Também é nesse momento que se define a linha entre o acompanhamento técnico e o gerenciamento completo, algo que, segundo elas, deve estar muito claro para o cliente. “Quando vendemos o gerenciamento, vendemos também segurança. É o respaldo que o cliente espera quando algo inesperado acontece.”

Ingrid e Fernanda contam também sobre um dos módulos da mentoria, chamado de “Projetos Executáveis”, onde abordam justamente os principais erros que podem ser evitados. Entre os desafios mais comuns, a marcenaria ganha destaque. “Ela se conecta com todos os outros fornecedores, então precisa estar muito alinhada”, apontam.

E quando o inesperado bate à porta? A dica das arquitetas é desenvolver a mentalidade de solução, tendo clareza de que problemas podem surgir e, mais do que isso, trabalhar o controle emocional e a comunicação para resolver com agilidade e profissionalismo.

Dê o play aproveite cada dica desse bate-papo cheio de ensinamentos práticos para quem vive o dia a dia das obras.